segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mães Morrem

Olá pessoal !
Queria começar a semana compartilhando um texto que recebi.
É forte... emocionante !
Talvez, já seja conhecido de alguns...
Mas acho que vale sempre a leitura..
(P.S. Não sei quem é o autor...)

***

Mães Morrem

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola no meu 1o. dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos a matei novamente. Não a queria me impondo regras e limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos voos juvenis. Mas logo no primeiro porrre eu felizmente a redescobri viva. Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 achei que mataria minha mãe definitivamente. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano. Quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir, voltei à casa materna. Único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, porém requereria muita lentidão... Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a minha primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado avó.

Apesar de tudo, continuei acreditando na tese de que a morte seria bem demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares, ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos. Papéis que somente ela poderia protagonizar... Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: Quando menos esperava, ela decidiu morrer.

Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida, minha tese da morte bem demorada ruiu. Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães não são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade...

Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas descobri que devemos amar as pessoas, enquanto elas estão por aqui. É por isso que temos que amá-la sempre! Nunca saberemos quando ela vai querer partir... O vazio que fica, nunca conseguiremos preencher... Para quem ainda tem ao seu lado, ame-a... Não espere ela partir para lhe dar amor. Um dia você vai descobrir que talvez a pessoa que mais lhe amou na vida, foi ela...

***

Então, já disse hoje a sua mãe o quanto você a ama ???

Um feliz dia e uma ótima semana pra nós !

3 comentários:

Sandra disse...

É um texto bem realista, todos temos uma fase em que queremos ser independentes, mas os nossos pais são um porto abrigo, estão sempre presentes no bom e no mau. O nosso dever é ama-los e respeita-los.
Débora em relação à pasta americana a minha amiga não tem mas tem pasta portuguesa dizem que é igual.
Bjs.

Fabiana disse...

Penso que mãe é um ser unico, e so é substituiod pelos filhos.
lembro que antes de ter meus filhos eu pedia a DEUS pra me matar um dia antes da minha mãe morrer e depois que meus filhos nasceram eu peço que eu tenha muita vida para ve-los crescerem.
bj

Simone Scharamm disse...

Oi, Débora,
Querida, finalmente o material chegou às minhas mãos. Muito obrigada! Tem dicas ótimas que vou aproveitar na festinha spa!
Olha, se precisar de ajuda para a festa do Dieguinho, não se acanhe, viu? É só falar!
Esse texto me levou às lágrimas! Lindo e verdadeiro!
Beijos!