sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pais: escravos dos filhos ?

O post de hoje é meio que uma continuação do que publiquei na última quarta ( http://amarsermae.blogspot.com/2010/11/filhos-sinonimo-da-ingratidao.html). Vocês podem até estar pensando ? O que aconteceu ? Ela já não ama mais ser mãe ? Nada disso ! Nenhum fato veio manchar a visão cor-de-rosa que tenho da maternidade. Essas são apenas pequenas pausas para reflexão... De vez enquando, elas são necessárias... Podem ser um passo para a gente evoluir...

Mas, afinal, você concorda ou não comigo ? Somos ou não escravos dos nossos filhos ?
Para nós, mulheres, essa escravidão começa logo que recebemos um resultado positivo. Quem fuma, tem que parar. Quem gosta do choppinho no fim de semana, tem que abdicar dele. Tem que se evitar isso, aquilo... tudo em prol do bom desenvolvimento do bebê.
Depois eles nascem e a escravidão aumenta. Já não temos tempo para nós ! Vivemos por eles e para eles 24hs por dia. Amamentar, dar banho, cuidar, colocar para dormir...
Aí vem as fases de começar a fazer papinha, comidinhas, ter um tempinho para brincar. Ajudá-los a começar a engatinhar. Ficar de olho para evitar os tombos. Ensiná-los a andar, depois a falar... e por aí vai... A escravidão nunca mais tem fim !

Acabaram-se as noites bem dormidas, sem interrupções, as idas ao cinema, o privilégio de usar uma bolsa pequenina só para os documentos e a maquiagem, tomar um banho demorado, as refeições tranquilas, os jantares românticos a sós com o papá, as viagens e passeios mais ousados, a casa sempre limpa e impecavelmente arrumada, as roupas sem nódoas de comida. Passamos ou não a viver uma rotina que não era a nossa ? Quando temos um filho, ganhamos também uma nova vida de presente. E nem sempre, essas mudanças são benéficas. Se, para a maior parte dos casais, um filho aumenta a alegria da casa; para outros não é bem assim... (mas isso já é assunto para um outro post...)


Como não lembrar das inúmeras noites que fiz minha mãe levantar da cama para abrir o portão de casa para mim depois que chegava de uma balada ?
Como esquecer de todas os cafés-da-manhã na cama que ela levou para mim ?
Quantas vezes mudou o cardápio do almoço ou da janta só para me agradar ?
E do quanto cuidou com carinho e amor quando estava doente ???

Sei também que há pais que não se sentem escravos dos filhos. Levam a vida quase como antes da chegada deles e preferem não abdicar de muitas coisas. Mas eu faço parte do outro time: daqueles que acham que esse é o único tipo de escravidão que aceitamos com prazer.
Mesmo com tantas imposições e regalias negadas, fazemos sacrifícios, nos empenhamos e nos dedicamos com amor. Tudo passa a ter menor importância diante de um filho. Eles passam a ser a nossa razão de viver. Como muita gente já disse por aí: "é o nosso coração fora do corpo" !


Esse será mais um fim de semana sem ida ao cinema, mas vai ser tão bom ou melhor que os outros... e assim espero que seja o de vocês !

4 comentários:

Unknown disse...

Cinema? Jantar romântico? Dormir a noite inteira? Do que você está falando? kkkkk Depois que os filhos nascem nossa vida nunca mais é a mesma. Depois que els crescem um pouco melhora em alguns aspectos, outros continuam mudando. Mas não quer dizer que seja ruim, só é diferente. Muitas mulheres ainda acreditam que tendo um filho podem "segurar" o casamento, ledo engano. Casamento que não anda bom, só tende a piorar. Filho só une o casal que se ama acima de tudo e tem muita vontade de permanecer junto.

Abraços

Vanessa e Enzo disse...

Assim como você também acho que esse tipo de "escravidão" é o único que vale a pena! Escolhi ter o Enzo, recebê-lo e me sinto imensamente feliz sendo a mãe dele. Quero mais é me dedicar cada vez mais - é possível? - a esse papel! Nasci pra isso!
Bjks

Unknown disse...

Oi amiga, então bisbilhota tua caixa de mensagens pois te mandei um texto hoje mais cedo. Procura na pasta "lixo Eletrônico" pois o hotmail manda pra lá emails de remetentes "desconhecidos".

Beijos

Anónimo disse...

Eu até tenho vontade de ter filho, mas essa escravidão me apavora. A coisa que eu mais gosto na vida é o momento em que eu chego em casa a noite e posso finalmente fazer o-que-eu-quero! seja banho demorado, me esparramar no sofá, cozinhar ou esmaltar as unhas. Não quero ter um filho e ficar culpando ele por não ser mais eu. Essa dúvida corrói!